quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Arroz e Feijão, apenas reflexão


Como arroz e feijão,
é feita de grão em grão
Nossa felicidade
Como arroz e feijão
A perfeita combinação
Soma de duas metades
Como feijão e arroz
que só se encontram depois de abandonar a embalagem
Mas como entender que os dois
Por serem feijão e arroz
Se encontram só de passagem
Me jogo da panela
Pra nela eu me perder
Me sirvo a vontade, que vontade de te ver
O dia do prato chegou é quando eu encontro você
Nem me lembro o que foi diferente!
Mas assim como veio acabou e quando eu penso em você
Choro café e você chora leite
Choro café e você chora leite

PRATODODIA
{TEATRO MÁGICO}

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

...e a ordem é a da FêNIX...


Diz a lenda que a fênix é um pássaro que morre e renasce cada vez mais belo e forte de suas cinzas
Entendo que em cada um de nós, deve morar uma fênix
Em mim mora uma fênix
O ato de (re)inventar-me diariamente, nada mais é do que um vai e vem nas cinzas
Um revirar de cinzas
Um sujar-me nas obscuridades e sair dalí, limpa, mas sempre na certeza de sujar-me novamente
Às vezes fico boba com minha capacidade de modelação
O que ontem fora inferno, hoje não passa de uma brasa quase em fogo frio
Falta de persistência? Inconstancia? ... Talvez...
Dos meus desejos quase nunca tiro a força mobilizadora da busca, da conquista
Faço, e o que vier a posteriore é uma espécie de lucro
Se é que existe lucro em contentar-me com o que "vem"
Tento viver o hoje, mas é inevitável imaginar o amanhã
Imaginar os meus desejos mais íntimos se concretizando a partir da... da?!
Da sei lá o que... De sei lá de onde vem... De não sei pra onde vai...
Sinceramente, o (RE)nascer de hoje está complicado, muito complicado...

Coisa pequenina
Centelha divina
Renasceu das cinzas
Onde foi ruína
Pássaro ferido
Hoje é paraíso...
(Trecho de fênix - Jorge Vercilo)




terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Quando você não diz nada {When You Say Nothing At All}





"Minh'alma de sonharte anda perdida"(...)
Assim diz o verso da poeta, que retrata a alma de muitas outras poetas da arte de viver
Que escondem-se no silêncio de um SER humano avasalador
Onde a verdade rasga como faca
Onde é difícil se perceber gente, GENTE com medo de se ver
Como é assustador encontrar-se vulneravel a outro SER
"ser" este de possibilidades inimagináveis, obscuras, inquietantes
Sentimento de impotencia aflorando por todos os poros
Sufocando a vontade que vem de dentro e teima em calar-se

Cala-te!!! Impera a voz consciente da objetividade, já vencida pelo cansaço
Grita!!! Diz a alma, já consumida pela subjetividade latente

Ora... não seja ridícula, budejam os pensamentos...

Dança coração, resta a tí, somente a tí dar o tom do sofrimento
Dá os teus "pulsares", dá os teus "pulsares"
Desengana de vez, o engano de podermos mandar em tí
De que somos donos de tudo
E de que podemos escolher
o que será, o que será